
Segue um breve e belo poema do maior poeta lusófono desde Camões.
Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Um comentário:
Muito bonita, a poesia.
Vi o link em uma comunidade do orkut, parabéns pelo blog, é um grande incentivo à leitura.
Tentarei passar por aqui sempre que possível.
Beijos.
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