

Segue um belo poema de Teixeira de Pascoaes (pseudónimo de Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos ) , um dos mais destacados representantes do saudosismo e um dos líderes da "Renascença Portuguesa", dirigindo, inclusive, a seção literária do principal órgão deste movimento, a revista "Águia".
Poeta
Quando a primeira lágrima aflorou
Nos meus olhos, divina claridade
A minha pátria aldeia alumiou
Duma luz triste, que era já saudade.
Humildes, pobres cousas, como eu sou
Dor acesa na vossa escuridade...
Sou, em futuro, o tempo que passou-
Em num, o antigo tempo é nova idade.
Sou fraga da montanha, névoa astral,
Quimérica figura matinal,
Imagem de alma em terra modelada.
Sou o homem de si mesmo fugitivo;
Fantasma a delirar, mistério vivo,
2 comentários:
Obrigado por colar o poema, e viva o lídimo poeta!
só indo ao Marão se entende, em profundidade, as palavras do poeta.
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